Trata-se de uma exploração de três perspectivas acerca da relação entre nosso modo de habitar ou estar no mundo e entre práticas discursivas distintas daquela da filosofia tradicional. Em um primeiro momento, será explorada a perspectiva heideggeriana acerca da ideia de um habitar poético enquanto distinta atitude e sensibilidade diante do ente em geral. Em seguida, em resposta ao suposto afastamento heideggeriano do âmbito ordinário dos entes da ocupação cotidiana, se explorará a hermenêutica narrativista de Paul Ricoeur, em especial no (...) que esta oferece para a reflexão sobre o tema da identidade pessoal. Finalmente, a palavra será passada ao romancista, frequentemente considerado “filosófico”, Milan Kundera, cuja concepção de romance permite, na esteira da reflexão dos hermeneutas, que seja esboçado um programa de cultivo de uma sensibilidade e de uma atitude muito especiais e frequentemente esquecidas em nossa errância dispersa no cotidiano. (shrink)

Trata-se da exploração da hipótese da presença de elementos gnósticos em O ser e o nada, de Jean-Paul Sartre. Primeiramente, mediante reconstrução das análises de Gerd Bornheim e Joseph Fell, pretende-se enfatizar as consequências niilistas da ontologia sartreana. Em um segundo momento, será mapeada a presença de temas e de um imaginário gnóstico, tal como proposto por Hans Jonas, no existencialismo sartreano. Por fim, a hermenêutica narrativista de Ricoeur será apresentada como via por meio da qual é possível se desviar (...) das consequências niilistas do existencialismo. (shrink)

Este artigo pretende explorar brevemente algumas noções centrais do existencialismo presentes na prosa romanesca de Milan Kundera em A insustentável leveza do ser, à luz dos conceitos filosóficos e da especulação fenomenológica de Jean-Paul Sartre em O ser e o nada.

Trata-se de traçar uma aproximação comparativa entre dois autores oriundos de campos distintos do saber e da cultura e visualizar a mútua contribuição decorrente dessa aproximação, a saber, entre a filosofia de Paul Ricoeur (1913-2005) e o romance de Milan Kundera (1929-). Na medida em que tanto a filosofia de Ricoeur quanto a prosa ficcional de Kundera refletem sobre a constituição da subjetividade na modernidade, a presente contribuição visa estabelecer paralelos entre suas concepções de subjetividade e suas reflexões sobre os (...) destinos da prática da narração ficcional na virada do século. Tendo isso em vista, pretendo realizar uma interpretação comparativa entre as teses de Ricoeur, especialmente apresentadas em Tempo e narrativa e O si-mesmo como outro e as de Kundera, expostas tanto em seus ensaios quanto apresentadas de forma esparsa em digressões reflexivas que permeiam sua prosa romanesca. Meu intuito será mostrar como se diferenciam de forma discreta mas se sintonizam de forma robusta no que concerne a relação entre a constituição da subjetividade, o papel do romance na existência e a imersão desta em enredos historicamente considerados. (shrink)

Trata-se de um estudo comparativo entre as ideias do filósofo Paul Ricoeur (1913 – 2005) e do romancista Milan Kundera (1929-) sobre as experiências do tempo e da memória. Parte-se de uma comparação inicial das ideias de ambos os pensadores acerca dos temas da ipseidade, da História e da experiência do tempo. Em um segundo momento, o pensamento de ambos os autores é colocado em confrontação crítica, em especial no que concerne aos seus respectivos entendimentos sobre a natureza da experiência (...) humana do tempo e os limites da memória. Em seguida, passa-se ao exame das ideias e hipóteses de Kundera sob a luz da hermenêutica filosófica de Ricoeur, com o intento de mostrar que essa é onde essa hermenêutica é mais intensamente desafiada que melhor mostra suas valências filosóficas. Em um último momento, pretende-se mostrar que dessa confrontação crítica resultam interessantes convergências por meio das quais ambos os pensadores oferecem perspectivas similares e complementares para fins do cultivo de uma memória feliz e de uma experiência viva do tempo. (shrink)

Trata-se de uma tentativa de atualização das premissas da teoria da identidade narrativa de Paul Ricoeur diante do desafio lançado pelo presentismo tal como concebido por François Hartog. Nessa direção, em um primeiro momento serão apresentados elementos que enfatizam a presença da influência da teoria agostiniana do tríplice presente na noção ricoeuriana de experiência viva bem como na teoria da história de Reinhart Koselleck e no existencialismo sartreano. Em um segundo momento, será avaliada a possibilidade de equacionar a experiência viva (...) do tríplice presente e a teoria da identidade narrativa. No terceiro momento, serão apresentadas algumas pistas para um novo modelo de identidade narrativa em sintonia com os desafios lançados pelo presentismo. (shrink)

Trata-se de um breve e parcial recenseamento do paradigma naturalista em desenvolvimentos clássicos e recentes da filosofia fenomenológica. Em um primeiro momento, tentar-se-á estabelecer elementos mínimos acerca do que pode ser considerado um “paradigma filosófico”. Em seguida, será mostrada uma presença improvável e discreta da física enquanto imaginário privilegiado na ontologia fenomenológica de Jean-Paul Sartre. Também será explorada a resistência de Paul Ricoeur ao reducionismo neurobiológico, bem como uma improvável presença de um enquadramento naturalista na base de sua antropologia filosófica. (...) Por fim, serão apresentados indícios, na literatura recente, da possibilidade de uma relação fecunda e amigável entre a fenomenologia hermenêutica de Heidegger e as ciências naturais. Palavras-chave: Fenomenologia. Hermenêutica. Naturalismo. Paradigma. (shrink)

“Ex nihilo nihil fit” é uma máxima da metafísica e da teologia medievais que, digamos, tinha como finalidade ajudar na organização do inventário de uma herança cultural cujas bases não eram compatíveis com aquelas do pensamento cristão no qual o universo é Criação de um Criador. A ideia de que “do nada, nada vem” pode ser talvez identificada como a ideia central do novo livro do professor Ronai Rocha, da Universidade Federal de Santa Maria, intitulado Escola partida: ética e política (...) na sala de aula. (shrink)

O presente artigo tem como objetivo apresentar a pertinência do recurso da narração tanto na representação quanto da própria constituição da ipseidade. Para realizar esse intento, optou-se por uma estratégia comparativa entre uma posição antinarrativista e uma narrativista no que concerne aos poderes da narração em apreender e compor o domínio das identificações. Em um primeiro momento será realizada uma reconstrução das posições de Jean-Paul Sartre acerca da narração tendo por base a ontologia fenomenológica de O ser e o nada (...) bem como as considerações sobre narrativa e identidade encontradas no romance A náusea e no texto de Diários de uma guerra estranha. O momento seguinte explorará os argumentos narrativistas de Alasdair MacIntyre em Depois da Virtude, de Charles Taylor em As fontes do self e, especialmente, de Paul Ricoeur em Tempo e narrativa e O si-mesmo como outro. Finalmente, no momento mais estritamente comparativo, pretende-se mostrar certas dificuldades da posição antinarrativista, bem como a fecundidade da posição narrativista, no que diz respeito ao distinto modo de administração da demanda por sentido no rechaço antinarrativista da identidade e do acolhimento do desafio de permanente elaboração de sentido da posição narrativista. (shrink)

Occupational Health Nursing (OHN) has followed a complex path to build and strengthen its theoretical basis. Starting with Public Health core principles, theories were shaped by the dualism of person worker and working environment, where sometimes the centre of the thought was given to the latter and other times to the former. The problem was not much on such conflict but on the definition of the correct OHN focus and whether genuine nursing knowledge was being applied. We are worried that (...) other disciplines radically influenced the theoretical path taken by OHN theorists. To approach this problem, a unitary‐transformative perspective can help us describe and analyse this phenomenon and engage scholars to reflect upon the accurate epistemological focus of OHN. We aimed to deepen this reflection and uncover a new OHN theoretical focus. (shrink)

Marcado desde sempre pela relação entre filosofia e literatura, o pensamento de Eduardo Lourenço (1923-2020) desenvolve-se ao longo de uma vasta produção intelectual – parte ainda inédita – correspondente a uma profunda, atenta e responsável atenção ao seu tempo. Este artigo parte dessa atenção, intentando demonstrar os contornos da sua originalidade, bem como mapear os traços principais do seu relevo filosófico-literário. Passando pelas noções de “heterodoxia”, de “ensaísmo” e de “temporalidade”, pretende-se acompanhar algumas vias percorridas pela obra do pensador, (...) esclarecendo o modo como se constroem a partir de um alargamento da ideia de razão alimentada pela multiplicidade dos desafios do tempo. (shrink)

Neste artigo, ponderamos sobre a concepção educativa de Hugo de São Vítor exposta em sua obra pedagógica _Didascalicon de Studio Legendi _e temos como objetivo compreender o uso da leitura como meio de desenvolvimento do intelecto humano._ _Situados em um período de mudanças importantes para o ocidente medieval, os escritos do autor indicam, aos seus discípulos, os elementos fundamentais para se conquistar o bom estudo. Baseando-nos no conceito de longa duração, examinamos, neste trabalho, alguns aspectos educacionais-sociais importantes para a (...) formação humana contemporânea, já que a História Social nos faz compreender que presente e passado se interligam por meio de características que nos tornam humanos: a memória e os comportamentos que geram civilidade. Em nossa análise do texto, observamos que a _Sapientia_ é considerada, para o autor, como a meta principal da jornada de um estudante e, para ser possível alcançá-la, é necessário que se faça o uso adequado da Filosofia e da Ciência. Essas, por sua vez, quando amparadas pela memória, poderiam proporcionar redução do embrutecimento existente na sociedade e exercitar a amizade do ser humano com seu Criador. A escolha de um bom método de estudo e o uso da vontade também marcam esta concepção educativa medieval, que se destacou por promover a transição do modo de leitura monástico para o escolástico. _Didascalicon_ também é conhecido como um texto que transcendeu a cópia de conteúdo –– prática comum à época –– no qual seu autor expressa, de forma escrita, suas ideias (embebidas de influências agostinianas), e que busca instruir àqueles que procuram o caminho para alcançar a _Sapientia_ –– na qual habita a forma do bem perfeito. (shrink)

O presente ensaio procura determinar quais foram as idéias que influenciaram o abade Suger na reforma da igreja de Saint-Denis – origem do gótico. Erwin Panofsky dá os traços essenciais desta investigação e abre novas posibilidades de aprofundamento. Em seu fascinante estudo, Panofsky teve o mérito de ter sido o pioneiro em descobrir uma influencia das obras do Pseudo-Dionísio sobre a reforma de Saint-Denis. Desde então, a polêmica não cessou mais. Destacase o papel de Hugo de S. Vítor como (...) transmissor da influência mística sobre Suger. (shrink)

A potencialidade na filosofia da educação antiga e medieval 1 Resumo: O texto aborda a potencialidade, na filosofia da educação antiga e medieval, como a capacidade de aperfeiçoamento da razão. A noção de paideia conduz essa reflexão, uma vez que perpassa o pensamento educacional desde a antiguidade clássica até a baixa Idade Média. Essa continuidade explicita a tradição da formação integral do homem que considerava os aspectos morais e políticos como uma totalidade indissociável. O encaminhamento teórico segue a concepção de (...) História Social de Braudel (1902-1985), já que o foco é a compreensão da herança teológica e filosófica, que exprime os fundamentos da educação. Para refletir sobre esse legado do conhecimento, três momentos foram estudados: a paideia grega na perspectiva aristotélica e platônica; a patrística, por meio do entendimento de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e de Agostinho de Hipona (354-430 d.C.); e a escolástica, analisada nas concepções de Hugo de São Vítor (1096-1141) e Tomás de Aquino (1225-1274). Assim, nos autores apresentados, há a permanência da compreensão de que o aperfeiçoamento da razão significava a transformação em ato da potência essencial do homem: a razão. A principal finalidade da educação, portanto, era a formação da consciência de cada pessoa, pois entendia-se que esse era o principal meio para o êxito da vida em comum. Palavras-chave: Filosofia da Educação; Potencialidade; Paideia; Patrística; Escolástica. Potentiality in the philosophy of ancient and medieval education Abstract: The text addresses the potentiality, in the philosophy of ancient and medieval education, as the ability to improve reason. The notion of paideia guides this reflection since it pervades educational thought from classical antiquity to the low Middle Ages. This continuity explains the tradition of the integral formation of man which considered the moral and political aspects as an inseparable totality. The theoretical approach follows Braudel’s conception of Social History since the focus is on understanding the theological and philosophical heritage, which expresses the fundamentals of education. To reflect on this legacy of knowledge, three periods were studied: the Greek paideia in the Aristotelian and Platonic perspective; patristic, through the understanding of Clement of Alexandria and Augustine of Hippo; and scholasticism, analysed in the conceptions of Hugh of Saint Victor and Thomas Aquinas. Thus, there is a continuing understanding in the authors presented that the improvement of reason meant the actualization of man's essential potency: reason. The main purpose of education was the formation of the conscience of each person, as it was understood that this was the main means for the success of life in common. Key words: Philosophy of education; Potentiality; Paideia; Patristic; Scholastic. Potencialidad en la filosofía de la educación antigua y medieval Resumen: El texto aborda la potencialidad en la filosofía de la educación antigua y medieval, como capacidad para mejorar la razón. La noción de paideia orienta esta reflexión ya que impregna el pensamiento educativo desde la antigüedad hasta la baja Edad Media. Esta continuidad explica la tradición de la formación integral del hombre que consideraba los aspectos morales y políticos como una totalidad. El enfoque teórico sigue la concepción de Braudel de Historia Social, ya que el enfoque está en la comprensión de la herencia teológica y filosófica, que expresa los fundamentos de la educación. Por tanto, se estudiaron tres períodos: la paideia griega en la perspectiva aristotélica y platónica; la patrística, a través del entendimiento de Clemente de Alejandría y Agustín de Hipona; y escolasticismo, analizado en las concepciones de Hugo de San Víctor y Tomás de Aquino. Por lo tanto, existe un entendimiento continuo en los autores presentados de que la mejora de la razón significó la actualización de lo potencial del hombre: la razón. El propósito principal de la educación era la formación de la conciencia de cada persona, pues se entendía que este era el principal medio para el éxito de la vida comunitaria. Palabras-clave: Filosofía de la educación; Potencialidad; Paideia; Patrística; Escolástica. Data de registro: 22/04/2021 Data de aceite: 22/09/2021 1 Artigo desenvolvido com base na tese Hábito e subjetividade na educação: aproximações entre Aristóteles, Tomás de Aquino e a neurociência, defendida por Lais Boveto, orientada por Terezinha Oliveira. Pesquisa com bolsa doutorado CAPES. (shrink)

Goethes Ästhetik.--Wahrheit, Freiheit und Liebe in der griechischen Tragödie.--Plato und Kant, ein Dialog.--Der Tyrann in Platos Werk.--Die Autonomie der Ästhetik.--Wissen und religiöser Glaube in Platos Werk.

The role of reasoning in our moral lives has been increasingly called into question by moral psychology. Not only are intuitions guiding many of our moral judgments and decisions, with reasoning only finding post-hoc rationalizations, but reasoning can sometimes play a negative role, by finding excuses for our moral violations. The observations fit well with the argumentative theory of reasoning (Mercier H, Sperber D, Behav Brain Sci, in press-b), which claims that reasoning evolved to find and evaluate arguments in dialogic (...) contexts. This theory explains the strong confirmation bias that reasoning displays when it produces arguments, which in turn explains its tendency to rationalize our decisions. But this theory also predicts that people should be able to evaluate arguments felicitously and that, as a result, people should reason better in groups, when they are confronted with other people’s arguments. Groups are able to converge on better moral judgments. It is argued that reasoning and argumentation play an important role in our everyday moral lives, and a defense of the value of reasoning for moral change is offered. (shrink)

Modern societies depend on a growing production of scientific knowledge, which is based on the functional differentiation of science into still more specialised scientific disciplines and subdisciplines. This is the basis for the paradox of scientific expertise: The growth of science leads to a fragmentation of scientific expertise. To resolve this paradox, the present paper investigates three hypotheses: 1) All scientific knowledge is perspectival. 2) The perspectival structure of science leads to specific forms of knowledge asymmetries. 3) Such perspectival knowledge (...) asymmetries must be handled through second order perspectives. We substantiate these hypotheses on the basis of a perspectivist philosophy of science grounded in Peircean semiotics and autopoietic systems theory. Perspectival knowledge asymmetries are an unavoidable and necessary part of the growth of scientific knowledge, and more awareness of this fact can help avoid blind and futile struggles between scientific perspectives, and direct efforts toward more appropriate ways of handling these fundamental knowledge asymmetries. Concretely, we show how different kinds of scientific knowledge, expertise, disagreement and learning can be correlated to the perspectival structure of science, and propose how polyocular communication based on observations of the observations made by specialised perspectives can be used to handle such perspectival knowledge asymmetries. This can help overcome the observed problems in carrying out cross-disciplinary research and in the collective use of different kinds of scientific expertise, and thereby make society better able to solve complex, real-world problems. (shrink)

The Pigeonhole Principle states that if n items are sorted into m categories and if n > m, then at least one category must contain more than one item. For instance, if 22 pigeons are put into 17 pigeonholes, at least one pigeonhole must contain more than one pigeon. This principle seems intuitive, yet when told about a city with 220,000 inhabitants none of whom has more than 170,000 hairs on their head, many people think that it is merely likely (...) that two inhabitants have the exact same number of hair. This failure to apply the Pigeonhole Principle might be due to the large numbers used, or to the cardinal rather than nominal presentation of these numbers. We show that performance improved both when the numbers are presented nominally, and when they are small, albeit less so. We discuss potential interpretations of these results in terms of intuition and reasoning. (shrink)

This work mainly concerns the—here introduced—category of \(\mathscr {Q}\) -sets and functional morphisms, where \(\mathscr {Q}\) is a commutative semicartesian quantale. We prove it enjoys all limits and colimits, that it has a classifier for regular subobjects (a sort of truth-values object), which we characterize and give explicitly. Moreover: we prove it to be \(\kappa \) -locally presentable, (where \(\kappa =max\{|\mathscr {Q}|^+, \aleph _0\}\) ); we also describe a hierarchy of monoidal structures in this category.

Investigamos o problema da continuidade entre (1) cognições básicas e (2) complexas, especificamente em relação à linguagem. Nossa hipótese é a de que visões contemporâneas da linguagem não inviabilizam necessariamente a abordagem bottom-up ― abordagens tipicamente enativistas. Primeiro apresentamos a posição de Daniel Hutto e Erik Myin (2013, 2017), representantes do Radically Enactive Cognition (REC), a qual assume o desafio da continuidade e identifica na linguagem o critério para uma distinção de tipo entre (1) e (2). Em seguida, estabelecemos a (...) posição Wittgensteiniana defendida por Moyal-Sharrock (2019), na qual a linguagem seria apenas mais uma habilidade de possível desenvolvimento para (1) e (2). Haveria, portanto, somente uma distinção de grau , não de tipo. Por mais que a avaliação de Moyal-Sharrock seja interessante no sentido de que parece evitar um ceticismo de continuidade (identificado por ela no REC), também encontramos problemas em sua visão. (shrink)

Experimental research has studied the emergence of fairness criteria such as merit and equality at increasingly younger ages. How much does the recognition and practice of these principles depend on the influence of central aspects of Western educated and industrialized societies? In an attempt to answer these questions, this article provides evidence regarding the choices of children in the Kogi indigenous community of the Sierra Nevada de Santa Marta, a traditional society living in the mountains of Northern Colombia that practices (...) swidden agriculture, cattle-raising, and enjoys a special cultural status granted by the Colombian Constitution. Two groups of 6–7 and 10–11 year olds were tested on a modified dictator game and several scenarios from a resource distribution task including different fairness criteria. Our results point to the lack of focality of the idea of merit among Kogi children at these ages when deciding on third-party allocation tasks, even when the design prevented equal distribution. (shrink)

Resumo: A indústria da informação é um dos mais importantes ramos das atividades humanas na civilização moderna, orientando as decisões governamentais, a publicidade, as estratégias das empresas, enfim, abrangendo toda a produção de riqueza e bem estar no mundo atual. Quem hoje pode passar sem informação? Profissionalmente em qualquer atividade, o mais simples homem do campo é atento ao noticiário do seu rádio de pilha para verificar, por exemplo, a previsão do tempo, bem como o mais moderno executivo de uma (...) grande empresa, decidindo a estratégia da mesma, precisa de informação. É mister ressaltar que a busca de informação sempre foi, através dos tempos, uma necessidade preponderante das civilizações, mas o fato a ser destacado, a partir dos anos 50 do nosso século, é que a informação, com o advento do computador, se tomou muito mais ágil, precisa e dinâmica. Num mundo onde antes a informação fluía lentamente, com o computador e mais com a telemática - simbiose das tecnologias de informática e comunicação - o uso da informação ganha uma dinâmica nunca antes pensada. [...] Palavras-chave: informática; indústria da informação; mundo atual. (shrink)

Background: Despite the progress made in recent decades on the phenomenon of futility in adult intensive care, recognizing it during clinical care practice remains a complex and sensitive process, during which questions are often raised for which concrete answers are difficult to find. Aims: To analyze the frequency with which futile nursing interventions are implemented in critically ill patients admitted to adult intensive care in specific situations and how often futile autonomous and interdependent nursing interventions are implemented in the same (...) population, as perceived by adult intensive care nurses. Research design: Cross-sectional, quantitative, and descriptive study, which employed a questionnaire constructed specifically for this research to assess the perception of therapeutic futility in nursing in adult intensive care. Following an evaluation of the psychometric properties, the questionnaire was made available in an electronic format on the EUSurvey platform between August and October 2024. The data was analyzed between November 2023 and March 2024 using the statistical software packages SPSS and R. Participants and research context: A simple random sample of nurses working in level II and level III intensive care units in Portugal. Ethical considerations: Research ethical approvals were obtained, and the participants provided informed consent. Findings/results: Four hundred and fourteen valid questionnaires were obtained. The results allow the identification of thirty-three statistically significant associations, the inference of intervals for the mean and median for the perception of futility of nursing interventions with a 95% confidence interval, and enable the hierarchization of nursing interventions implemented in critically ill patients admitted to adult intensive care units according to the nurses’ perception of their futility. Conclusion: There is a balance in nurses' perception of the futility of their interventions in the specific situations analyzed. There is statistically significant evidence that interdependent nursing interventions are, in general, more frequently perceived as futile when compared to autonomous nursing interventions. (shrink)

This book sets out to deepen our moral understanding by thinking about forgiveness: what does it mean for our understanding of morality that there is such a thing as forgiveness? Forgiveness is a challenge to moral philosophy, for forgiveness challenges us: it calls me to understand my relations to others, and thereby myself, in a new way. Without arguing for or against forgiveness, the present study tries to describe these challenges. These challenges concern both forgiving and asking for forgiveness. The (...) latter is especially important in this context: what does the need to be forgiven mean? In the light of such questions, central issues in the philosophy of forgiveness are critically discussed, about the reasons and conditions for forgiveness, but mostly the focus is on new questions, about the relation of forgiveness to plurality, virtue, death, the processes of moral change and development, and the possibility of feeling at home in the world. (shrink)

O presente trabalho defende, na filosofia platônica, a hipótese das Formas tem como escopo explicar os sensíveis e a sensibilidade, e não rechaçá-los, como fora pregado pela tradição. No Teeteto , Sócrates chega a analisar exaustivamente a possibilidade de a sensação ser encarada como conhecimento; no Fédon , no argumento da reminiscência, o mestre admite que para haver aprendizado/recordação é necessário que haja duas experiências cognitivas correlatas e mutuamente necessárias: a percepção sensível ( aísthesis ) que suscita a anamnese e (...) o contato, anterior ao nascimento, da alma com as Formas, pois só há recordação do que o indivíduo antes soubera. O estudo implica que haja uma filosofia da percepção em Platão. (shrink)

As a fascinating study of global justice in Asia, this book presents a series of contributions reflecting upon the conditions of a greater involvement of East Asian traditions of thought in the debate on global justice. Including chapters on diverse issues such as global social inequalities, human rights practice and the functioning of international institutions, this book examines the political cultures of East Asia in order to help political theorists better appraise the distinctiveness of non‐Western ideas of justice. Confirming the (...) persistence of a strong social ethos, the contributions also demonstrate the long-lasting influence of Buddhism, Taoism and Confucianism in shaping East Asian public conceptions of justice. Bringing much needed non-Western voices to the global justice debate, this book will appeal to students and scholars of politics, law and philosophy, as well as activists involved in the global justice movement. (shrink)

In this paper I intend to present a philosophical account of what is commonly called verbal or literary art. Starting from the Hegelian conception of language and of the aesthetic experience, I shall argue that literary, and more specifically poetic, discourse can be defined as the verbal completion of an aesthetic experience, and that this distinctive feature marks off literary discourse from other types of discourse, such as scientific and philosophical discourse. In his phenomenological description of the growth of a (...) subject's identity, Hegel situates the birth of language in the transition from consciousness to self-consciousness. In his Philosophy of Fine Art, this transition also marks the locus philosophicus of the artistic experience. (shrink)